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Escravos da ansiedade: como se livrar deste mal

Escravos da ansiedade: como se livrar deste mal

Veja Saúde | 22 julho 2024, 12h10 - Publicado em 19 julho 2024, 11h35


Nem Guns N’ Roses nem Coldplay. A banda que Felipe Neto mais queria ver no Rock in Rio 2022 era o Green Day. Só que não deu. Na tão esperada noite, o youtuber voltou para casa antes de os ídolos subirem no palco. O motivo? Uma crise de ansiedade. “Não consegui”, desabafou nas redes sociais. “Nasci para ficar recluso.”

Não foi a primeira vez. “Em 2010, cheguei a pensar que poderia morrer. Foi depois de ficar famoso. Tinha ataques de pânico de madrugada”, relata a VEJA SAÚDE. Aos 36 anos, Felipe Neto é um dos maiores influenciadores digitais do planeta. Possui 98,7 milhões de seguidores — 46,4 milhões só no YouTube.

Até completar 20 anos, teve de conviver com um transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) não diagnosticado. Assim que deu início ao tratamento, descobriu que enfrentava também ansiedade e depressão. Desde então, doma os problemas com terapia e remédio. “Precisamos perder a vergonha e buscar ajuda profissional. Não sentiríamos vergonha se tivéssemos diabetes, úlcera ou pneumonia. Por que, então, sentimos vergonha de dizer ou demonstrar que estamos ansiosos?”, argumenta.

Após sofrer o drama na própria pele, Felipe Neto quer conscientizar as pessoas de que saúde mental é coisa séria e necessária — e, para resguardá-la, uma das saídas é maneirar em nossos hábitos digitais.

Estima-se que o Brasil tenha 18,6 milhões de ansiosos — é quase 10% da população. Em tempos de Olimpíada, podemos dizer que estamos no lugar mais alto do pódio, à frente de Paraguai (7,6%) e Noruega (7,4%).

Quando a ansiedade passa a ser um problema?

Mas sentir ansiedade antes de disputar uma competição, fazer uma prova ou apresentar um trabalho é mais do que normal. “Nem toda ansiedade é um transtorno mental. A adaptativa inclusive é útil porque nos ajuda a melhorar o futuro”, tranquiliza o psiquiatra Antônio Nardi, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Trata-se, na realidade, de uma reação fisiológica natural e esperada. “Charles Darwin dizia que a ansiedade ajuda a prever a chegada do predador. Hoje, se não ficamos ansiosos, não estudamos para a prova nem treinamos para a competição, o que comprometerá nosso desempenho”, elucida o médico.

Mas a ansiedade pode passar dos limites e se transformar em patológica. Em vez de nos motivar, ela nos paralisa. Como distinguir entre uma coisa e outra? “Há o critério dos três Ds”, responde o psiquiatra Márcio Bernik, coordenador do Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “São eles: distress (sofrimento excessivo), disability (prejuízo funcional) e disadvantages (desvantagem competitiva). Se atende a esses três critérios, temos um transtorno”, ensina.

E é esse transtorno que tem feito cada vez mais vítimas pelo planeta, sobretudo entre os jovens. A ponto de dois livros que viraram best-sellers lá fora e acabam de chegar ao país terem praticamente o mesmo título.

Uma epidemia entre os mais jovens

Em Geração Ansiosa – Um Guia para Se Manter em Atividade em um Mundo Instável (Rocco) – Clique para comprar*, a psicóloga clínica Lauren Cook compara a ansiedade a um oceano. Não um qualquer, de águas cristalinas e peixinhos dourados, mas de águas turvas e infestado por tubarões. Sob essa ótica, ela compara ter um ataque de pânico a morrer afogado.

Já no livro Geração Ansiosa – Como a Infância Hiperconectada Está Causando uma Epidemia de Transtornos Mentais (Companhia das Letras) – Clique para comprar*, o psicólogo social Jonathan Haidt faz uma provocação logo de cara: o leitor deixaria seu filho pequeno viajar para Marte sem o seu consentimento? Provavelmente não.

Só que o mundo online, adverte, pode ser tão hostil quanto o planeta vermelho. “É uma tragédia em dois atos”, define Haidt. “No primeiro, as crianças deixam de brincar ao ar livre. São impedidas de se divertir com outras crianças, sem a proteção dos adultos. No segundo, ganham smartphones de presente e, em vez de brincar, dormir ou estudar, passam dez horas por dia na frente de uma tela”, descreve o autor.

Para Haidt, o diagnóstico é claro: o celular, as redes sociais e os videogames estão por trás dessa enxurrada de jovens ansiosos. “Menos celular e mais brincadeira: é disso que as crianças precisam para crescer saudáveis”, enfatiza.

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Para Lauren, não há um único antagonista (ou, para usar sua metáfora, somente um tubarão). Cada geração, aliás, teria seus próprios gatilhos e predadores. Nos EUA, por exemplo, os nascidos entre 1981 e 1996 sofreram na esteira de eventos como o tiroteio em Columbine, o furacão Katrina e a guerra ao terrorismo.

Um forte candidato para a geração Alpha (os nascidos a partir de 2010) é a pandemia de Covid-19. Ocorre que, se a ansiedade é um mar tempestuoso, como diz a psicóloga americana, só nos resta duas opções: aprender a nadar ou comprar um bote salva-vidas.

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Lauren Cook vai direto ao ponto se quisermos peitar a epidemia de ansiedade. “Não podemos negar a realidade, muito menos fugir dela. É preciso agir, pois se esquivar só piora as coisas”, afirma. Palavras de quem conviveu com o distúrbio. Desde pequena, a psicóloga ficava ansiosa só de pensar em comida — ela tinha emetofobia, o pavor de vomitar.

Por essa razão, não lanchava na escola nem frequentava restaurantes. Hoje, garante, perdeu o medo. E não se lembra da última vez que teve uma crise associada à refeição. “Se você não tomar cuidado, a ansiedade se transforma em um monstro”, adverte.

Um monstro que pode nos assombrar desde a infância. “A ansiedade também surge se eu mexo no celular a todo instante. Para que isso não aconteça, meu pai propõe brincadeiras diferentes. Isso me deixa mais feliz, tranquilo e até confiante.” O trecho acima faz parte do livro E Se Eu Sentir… Ansiedade (Ciranda Cultural) – Clique para comprar*.

Escrito por Paloma Blanca e ilustrado por Paula Kranz, ele integra uma coleção de dez volumes voltados a crianças e focados em emoções — de felicidade a timidez. “A ansiedade em crianças e adolescentes já supera a de adultos”, preocupa-se Paloma, que, para elaborar a obra, conversou com profissionais de saúde e observou o dia a dia dos 15 sobrinhos, com idade entre 7 meses e 17 anos.

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Os números amparam a afirmação da escritora. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o índice de pacientes de 10 a 14 anos atendidos com transtorno de ansiedade é de 125,8 a cada 100 mil pessoas, enquanto o de indivíduos com mais de 20 anos cai para 112,5 a cada 100 mil.

O tempo de tela

O pesquisador Jonathan Haidt é uma das principais vozes a responsabilizar smartphones e companhia pelo quadro alarmante. Por isso, prescreve: celular, só após os 14 anos; e redes sociais, depois dos 16. Quanto ao tempo de tela, as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) são mais flexíveis: no máximo três horas por dia dos 11 aos 18 anos.

“Qual é o tempo ideal? O menor possível”, crava a pediatra Gabriela Crenzel, do Grupo de Trabalho de Saúde Mental da SBP. “Muitas vezes, as crianças se trancam no quarto e os pais não fazem ideia do que acontece lá dentro. Pensam que estão seguras. Mas não sabem com quem estão conversando ou o que estão fazendo.”

Não é por acaso que mestres do empreendimento tecnológico, como Bill Gates (Microsoft) e Steve Jobs (Apple), restringiam a seus filhos o acesso a celulares e dispositivos que ajudaram a criar. “Eles viciam nossas crianças”, diz Felipe Neto, um produtor de conteúdo digital que está ciente de que o consumo impõe limites.

Haidt também recomenda a proibição de smartphones em sala de aula. O assunto divide opiniões, mas um relatório da Unesco aponta que um em cada quatro países já tem leis que impedem, parcial ou totalmente, o uso de aparelhos pessoais em escolas — o Brasil não integra essa estatística.

“Toda e qualquer forma de redução do tempo de tela é benéfica”, afirma Gabriela, citando os prejuízos à concentração e à socialização. Mas há quem contra-argumente que a tecnologia seria uma aliada do aprendizado. “Orientar é sempre melhor do que proibir”, diz o psiquiatra Ênio Roberto de Andrade, do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Instituto de Psiquiatria da USP. “A proibição pode encorajar crianças e adolescentes a mentir para pais e professores.”

E o que dizem os alunos brasileiros? Bem, quase metade deles admite que equipamentos eletrônicos distraem sua atenção nas aulas. A média global, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), é 30%.

Em Geração Ansiosa, Lauren Cook também defende a tese de que as gerações Y e Z (nascidas entre 1997 e 2010) são as mais ansiosas da história.

Não significa que as anteriores não sejam. Até os idosos estão mais angustiados hoje. “Há preconceito de ambas as partes. De um lado, os mais velhos não querem admitir que sofrem de um transtorno mental. Do outro, os médicos preferem atribuir a ansiedade de seus pacientes à velhice”, observa o geriatra Leonardo Brandão de Oliva, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

A ansiedade é democrática; o que muda são seus fatores de risco. Entre os idosos, ela advém do receio de ficar doente, perder a autonomia, acabar o dinheiro, ser abandonado… E, não importa a idade, é prudente aprender a lidar com uma crise de ansiedade, daquelas que fazem o ar sumir.

O conselho é do gerontólogo Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR): procure fixar a atenção em um objeto qualquer. Se for um livro, pergunte a si mesmo: de quem é, quem escreveu, do que se trata, e assim por diante. Quando menos se espera, o mal-estar passou. “É um truque. Não elimina a causa, mas minimiza o sintoma”, diz o médico.

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Quem vê Rebeca Andrade fazendo piruetas nas provas de ginástica artística não imagina que ela já passou por três cirurgias no joelho direito em apenas quatro anos. Na última vez, em 2019, teve crise de ansiedade e chegou a pensar em desistir do esporte. Felizmente, mudou de ideia.

Caso contrário, não teria conquistado duas medalhas na Olimpíada de Tóquio 2020. Em Paris 2024, a ginasta vai disputar mais seis medalhas. Se ganhar três, iguala o recorde dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, cada um com cinco. Se ganhar quatro, chega a seis e se torna a maior medalhista olímpica brasileira de todos os tempos. A poucos dias do início dos Jogos, será que está ansiosa?

A expectativa de conquistar mais medalhas gera nervosismo ou motivação? “Não tenho controle sobre o resultado das provas. Por essa razão, procuro me concentrar no que está ao meu alcance”, afirma. “Qual é o meu foco no momento? Me preparar bem, tanto física quanto mentalmente, e fazer boas apresentações. Quero dar o meu melhor em Paris”, diz a atleta de 25 anos, que treina desde os 4 e faz acompanhamento psicológico desde os 13.

Quem sofre mais com a ansiedade

Em geral, as mulheres apresentam mais sintomas de ansiedade do que os homens. É o que mostra o relatório Panorama da Saúde Mental, uma parceria do Instituto Cactus e da AtlasIntel, que ouviu mais de 3 mil brasileiros acima dos 16 anos. Ao serem questionadas se sentiram algum tipo de nervosismo nas duas últimas semanas, 74% das entrevistadas responderam que “sim”, ante 60% dos homens.

“Apesar de existirem fatores biológicos, questões sociais e econômicas, como acúmulo de tarefas, dependência financeira e sobrecarga de responsabilidades, estão envolvidas nesse processo de adoecimento mental”, explica Maria Fernanda Quartiero, diretora-presidente do Cactus. Outro dado que chamou a atenção da pesquisadora foi o alto índice de preocupação: 73% dos participantes convivem com ela por alguma razão.

Para 82%, a principal fonte de insônia é a situação financeira. “É importante lembrar que se preocupar com dinheiro não significa, necessariamente, que a pessoa tenha algum transtorno mental ou precise de tratamento”, pondera Maria Fernanda. “Mas questões sociais também influenciam a saúde mental.”

Outra pesquisa, realizada pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, busca avaliar o impacto do maior desastre climático do Rio Grande do Sul no estado emocional de seus moradores. Pelos dados preliminares, 91% relataram sintomas de ansiedade, 59% se queixaram de burnout e 49% acusaram sofrer de depressão.

Para muitos entrevistados, o simples barulho de torneira aberta já atua como gatilho para o temor de uma nova enchente de proporções bíblicas. É a chamada ecoansiedade, quando um desastre ambiental pode desencadear até um ataque de pânico.

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Diagnóstico da ansiedade

“Na maior parte das vezes, o profissional chega ao diagnóstico por meio da história do paciente. Mas há casos em que a ansiedade está associada a um evento traumático, como sequestro, estupro ou assalto. É o que dá origem ao estresse pós-traumático”, explica Pedro Paulo Bicalho, presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

No rastro da ansiedade, um exame puramente clínico pode levar a equívocos. Não há, por enquanto, métodos de imagem ou de laboratório capazes de dedurar o transtorno. Para evitar erros de diagnóstico, os médicos devem ser meticulosos. “É importante descartar problemas de natureza física”, expõe o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto, autor do livro Sem Medo de Ter Medo (Objetiva) – Clique para comprar*.

“Há doenças do coração que, a exemplo da ansiedade, apresentam a taquicardia como um de seus principais sintomas.” Fundamental para o diagnóstico, na verdade, é o paciente procurar o médico. E essa não é uma realidade no país.

Ainda segundo o Panorama da Saúde Mental, 55% dos entrevistados disseram nunca ter procurado um profissional para tratar dessa queixa (a maioria, homens). “Muitos desconhecem os sintomas, outros pensam que cuidar da mente é coisa de maluco ou sinal de fraqueza”, lamenta Maria Fernanda.

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Em Depois a Louca Sou Eu (Companhia das Letras) – Clique para comprar*, a escritora Tati Bernardi revela que sofre de fobia de aeroporto. E de tudo o que diz respeito a esse ambiente: fila, atraso, despedida… “Se avião fosse bom, não davam um saquinho de vômito pra gente, né?”, brinca em uma das crônicas.

Sua primeira crise de ansiedade aconteceu no aeroporto de Paris, aos 6 anos. A mais recente, no do Rio, aos 44. A autora conta que, em janeiro, começou a passar mal depois que acabou a energia e o Galeão ficou sem ar condicionado. Do lado de fora, os termômetros marcavam 45 graus. Do lado de dentro, uns 50, calcula. “Fui parar no ambulatório de cadeira de rodas. Foi horrível”, relata.

Por essas e outras, sempre que precisa viajar, ela toma precauções: só vai à noite, senta nas primeiras fileiras e toma remédios — algo que só deve ser feito sob orientação médica, convém frisar. “Quando era novinha e tinha crises de ansiedade, achava que era um ET. Quando lancei o livro, descobri que todo mundo tinha um pouco de ansiedade. Hoje não me sinto mais um alienígena”, diz.

Tratamento da ansiedade

Em geral, quadros leves ou moderados são tratados com terapia, e a mais indicada é a do tipo cognitivo-comportamental.

Já os mais graves demandam a prescrição de medicamentos — os mais receitados são os ansiolíticos e antidepressivos. “Receitar remédio é como dar o peixe ao paciente. Vai matar a fome dele por um dia. Já indicar a terapia é como ensiná-lo a pescar. Ele terá o que comer por toda a vida”, compara a psicóloga Tracy Dennis-Tiwary, autora de Não Tenha Medo da Ansiedade (Sextante) – Clique para comprar*.

Mas, com frequência, não adianta tomar comprimidos sem fazer terapia: ela age na causa, eles na consequência. “Ansiedade tem a ver com preocupação. O ansioso tende a se ‘pré-ocupar’ com algo que ainda não aconteceu e, talvez, não aconteça nunca”, pontua a psicanalista Mariana Mies, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. É preciso, portanto, rever e mudar o mindset.

Enquanto tem gente que precisaria tomar remédio e não sabe ou não o faz, há quem use e abuse do expediente, ficando exposto mais a problemas do que a soluções. E alguns profissionais questionam justamente o efeito “tapar o sol com a peneira” da hipermedicalização.

“As emoções são ruins? Às vezes, são, mas é importante senti-las. Há dores que, se não forem incapacitantes, precisam ser enfrentadas por um bem maior”, defende Mariana.

A julgar pelos números das farmácias, o Brasil está ansioso e se medicando bastante. Nos últimos cinco anos, o clonazepam (Rivotril), ansiolítico mais pedido do país, registrou um aumento de 22% nas vendas — chegou a 38,9 milhões de caixas comercializadas em 2023. No mesmo período, o total de tranquilizantes comprados aumentou 102%, batendo mais de 239 milhões de embalagens.

“O uso crônico sem diagnóstico adequado representa um problema de saúde pública”, alerta a farmacêutica Walleri Torelli Reis, do Conselho Federal de Farmácia (CFF). “Pode causar tolerância, quando o paciente precisa tomar uma dose cada vez maior para ter o mesmo efeito, e dependência, quando consome por períodos prolongados sem necessidade clínica.”

Nesse cenário, as internações por transtornos mentais como a ansiedade também cresceram: aumento de 25% de 2022 para 2023, sendo que o número de hospitalizações de 2024 já se igualou ao total do ano passado.

Além de terapia e remédio, hoje o leque de recursos para encarar a ansiedade se expandiu. Envolve até aplicativos de meditação e programas de realidade virtual, estes indicados a quem padece de fobia social. Utilizada em casa ou no consultório, a ferramenta SocialUP3D, por exemplo, oferece seis opções de simulação (de festa a reunião) para desconstruir a tensão ao sair por aí. “É mais rápido e seguro que o tratamento convencional”, diz a psicóloga Cristiane Gebara, da USP.

Já a psiquiatra Ellen Vora, autora de Ansioso, e Agora? (Principium) – Clique para comprar*, sugere aulas de ioga. Faz sentido: cada vez mais estudos endossam a ideia de que a atividade física é um antídoto contra os males da psique.

Em meio à multidão de pessoas com ansiedade, o primeiro passo é não se sentir sozinho. “Não tenha medo de pedir ajuda. Hoje estou feliz e sob controle. É possível vencer”, encoraja Felipe Neto, provando que, sim, conseguimos nos libertar dos grilhões de uma escravidão mental.

Venda de tranquilizantes dispara no Brasil

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