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Documentário dá voz artesãs do Piauí que resgataram técnica ancestral

“Entre tranças e tramas” apresenta a trajetória de agricultoras que retomaram o trabalho com trançado da palha da carnaúba

VEJA SP | Por Mattheus Goto | 3 abril 2024, 09h42 - Publicado em 2 abril 2024, 20h22


Artesãs do Piauí com uma trajetória inspiradora são as protagonistas do novo documentário Entre tranças e tramas: a revolução artesanal das mulheres da carnaúba. O longa dirigido pela produtora cearense Caravela Studio será lançado na quinta-feira (4) na Casa Gabriel, espaço de arte no Jardim América.

O filme conta a história de 28 agricultoras, com idades entre 18 e 70 anos, que ganharam autonomia financeira por meio do artesanato. São moradoras de Campo Maior e Piripiri, no interior do estado, onde foram registrados casos de trabalho análogo à escravidão e a extração do pó da palha da carnaúba é a principal atividade econômica.

Elas conseguiram não só tirar seu sustento, como também ajudaram a resgatar uma técnica ancestral da região, a do trançado da palha da carnaúba, que tem desaparecido do comércio local devido à falta de apoio e de canais para venda.

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Grupo de artesãos do Piauí que trabalha com palha da carnaúba

Grupo de artesãos do Piauí que trabalha com palha da carnaúba

Tudo começou em 2016, quando surgiram as denúncias e os resgates de trabalhadores em condições análogas à escravidão. Quatro anos depois, foi implementado o Plano de Promoção do Trabalho Decente na Cadeia Produtiva da Carnaúba, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Dentro do programa, as agricultoras participaram de oficinas de artesanato e trançado da palha da carnaúba, realizados em parceria com o Sebrae do Piauí e a agência de fomento alemã GIZ. Hoje, elas trabalham com o desenvolvimento de coleções de bolsas, cestaria e objetos de decoração autorais.

O documentário foi produzido pela OIT e pelo MPT e teve consultoria do Nordestesse.

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